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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

ELEIÇÕES 2024, ALGUNS ASPECTOS

 




Haverá quem inicie essa leitura e a faça até o final. Contudo, uma pequena parcela, ao fazer a introdução da mesma, a dará por encerrada ao se deparar com a palavra POLÍTICA.

Política simplesmente tem um gosto muito amargo para alguns cidadãos, especialmente para àqueles com dificuldades em conseguir fazer uma conexão entre suas escolhas pessoais e políticas acerca dos nossos representantes nos poderes executivo e legislativo, bem como acerca dos efeitos práticos desta em sua vida, seja ela pública ou privada.

Mais difícil, porém, é acreditar em Democracia quando todos os indicadores, sejam eles econômicos, sociais, culturais, dentre outros, estejam à mercê da conveniência de políticos ou de partido políticos, sem a devida e necessária participação dos cidadãos, muito embora o Parágrafo único da constituição Federal de 19888 diga que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição”.

Não quero com isso generalizar, afirmando que todos os partidos políticos e todos os políticos são perniciosos à sociedade. Felizmente existem partidos e políticos, bem como candidatos, comprometidos com os interesses dos cidadãos, muito embora sejam uma minoria esmagadora.

 A prática constante de viciar nossa população em ficar na inteira e total dependência de programas sociais que visam transferir recursos públicos para famílias menos favorecidas tem sido o principal trunfo de nossa classe política, que vê nessa atitude uma forma de manter o voto de cabresto. Mas não somente os programas sociais de transferências de recursos são os principais responsáveis por alienar a mente dos eleitores, existem outras maneiras de manter os eleitores comprometidos na recondução dos políticos para mandatos consecutivos e certos, porém não democráticos, tendo em vista que alguns métodos são coercitivos, ou seja, são métodos que se impõem à base de ameaças...

Na Grécia antiga, a Democracia era definida como “governo do povo”; as decisões políticas que tinham impactos na vida dos cidadãos eram tomadas pelos próprios cidadãos em praça pública. O debate era inevitável, porém muito confiável e democrático!

 Atualmente, mesmo com todos pseudos discurso de que houve avanços significativos em nossa democracia, o que se verifica, na prática, são pequenos grupos que são beneficiados pela classe política dominante tentando se prevalecer da ingenuidade de alguns eleitores para impor, goela abaixo, alguns candidatos, que se sabe serem totalmente perniciosos à sociedade contemporânea, bem como para perpetuar nas gerações futuras o estado de miséria e submissão da atualidade.

E ano de eleições municipais é ano em que os nervos se afloram com  facilidade entre partidários de candidatos, que se utilizam de grupos de WhatsApp com a nítida função de produzir e propagar notícias fakes com objetivo de tirar de cena aqueles que possivelmente teriam chances de ascender a uma cadeira, seja no poder executivo, seja no Legislativo. Uma das notícias mais veiculadas pelos partidários de candidatos é de que os mesmos já estão reeleitos, que ninguém consegue tirar a vitória do candidato, que o candidato é o que mais faz pelo povo, que o candidato é extremamente popular, etc...

Aliás, falando em popularidade, isso é uma coisa que devemos refletir: já observaram que a maioria dos candidatos deixa ordens para seus assessores e chefes de gabinetes darem um jeito de despachar todo e qualquer eleitor que os procure? Eles somente recebem pessoas jurídicas (Bancos e empresários), ou seja, somente recebem aqueles aos quais possam lhes propiciar algum ganho político e material. Fora isso limitam-se a falar com os eleitores somente em via pública, onde não encaram o eleitor olho no olho, ficando apenas nas promessas de recebe-los em data futura. É o pobre do eleitor sai contente da vida!

Diante desse cenário, nada mais saudável, portanto, haver debates entre candidatos, especialmente para o Poder Executivo. Somente através do debate os eleitores e população em geral teriam a oportunidade de fazer a escolha correta entre candidato “A” e candidato “B”. Isso se justifica pelo fato de o Brasil vir passando por progressos sociais e culturais, aumentando significativamente o número de eleitores considerados formadores de opinião e consequentemente as exigências referentes à qualidade da política e dos candidatos. O fato é que a grande desconfiança dos eleitores seja nos partidos, seja nos candidatos aumentou consideravelmente, sendo o debate um divisor capaz de trazer para os eleitores a confiança outrora existente, nas.

A existência de debates entre os candidatos, principalmente como forma de aumentar o nível de democracia e confiança, nos permitiria separar o joio do trigo.

 

Um forte abraço, amigos!

 

 


Um comentário:

Fabio vale disse...

Verdade falou tudo, vereador em Barcarena tem uma postura inadequada com aqueles que o elegeram