I – O FATO
Segundo o noticiário, a força-tarefa criada para investigar o desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips encontrou dois corpos no dia 15 de junho do corrente ano. Os restos mortais foram localizados após Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, ter confessado a participação no assassinato das duas vítimas.
É mister aprofundar as investigações de modo a encontrar o mandante e os demais coautores, que agiram sob o domínio do fato, e demais participes, cúmplices e outros.
Haverá uma discussão com relação a competência da comarca para instruir e julgar esse duplo homicídio qualificado (mortos a tiros) com crime conexo com relação a outros delitos de ocultar e vilipendiar cadáver. Para tanto o caso é de Júri Popular diante de um crime doloso contra a vida.
O indigenista e o britânico desapareceram quando faziam o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael até Atalaia do Norte.
Como revelou o site Forum, em 16 de junho de 2022, em reportagem de Lucas Vasques, o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, na Amazônia, está longe de ser um fato isolado. Um levantamento elaborado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas apontou que o número de homicídios no sudoeste do es
Ainda ali se disse:
“O ano de 2022 registrou, por enquanto, 18 assassinatos no sudoeste do Amazonas nos primeiros três meses. Os crimes de homicídio, em mais de cinco meses, superam os 14 registrados em todo o ano de 2019 na região.
Tabatinga foi o município com o maior número de homicídios entre janeiro e março deste ano, com total de dez. As outras oito mortes foram notificadas em Fonte Boa (3), Eirunepé (2), Carauari (1), Ipixuna (1) e São Paulo de Olivença (1).”
Segundo reportagem do Estadão, ainda em 16 de junho do corrente ano, para o historiador Ronilson Costa, coordenador nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o caso no Vale do Javari expõe “o quanto o Estado está ausente na região e como não há uma presença que dialogue com as demandas dos povos tradicionais”.
Conforme ainda o Estadão um levantamento anual da CPT aponta que, somente no ano passado, ocorreram pelo menos 28 assassinatos por conflitos de terra. A maioria das vítimas é indígena. Rondônia é o Estado com maior número de assassinatos (11) em casos semelhantes no ano passado.
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