Assim na vida como no direito tributário cada um no seu quadrado. Cada tributo deve ser analisado dentro de suas próprias características naquilo que lhe diz respeito.
“Maria” divorciou-se consensualmente de “João” e a partilha dos bens ocorreu de forma desigual; sobre esta diferença incide-se apenas o ITCMD e não o ITBI.
De acordo com o caso concreto, processo nº 1026840-02.2022.8.26.0053, a juíza, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, entendeu que o município de São Paulo cobrou ilegalmente o ITBI do contribuinte
O ITBI somente pode ser cobrado quando houver compra e venda de bens imóveis, e NÃO foi o caso. Abaixo a definição do ITBI conforme CF:
“Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - Transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
§ 2º O imposto previsto no inciso II:
I - Não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
Mas por qual razão alguns Municípios assim procedem? Desconhecimento da norma?
Não, pois a regra é claríssima como o sol. Ouso acreditar que seja “distração” para encher o erário. O contribuinte que se vire depois perante à justiça para não pagar indevidamente o tributo.
No caso concreto ocorreu apenas a doação, cabendo apenas e tão somente o ITCMD E NADA MAIS.
E como diz a letra da música:
“Cho, chuá Cada macaco no seu galho” (Composição:Riachão)
Fonte:
https://aslcorrea20201439.jusbrasil.com.br/artigos/1518534300/cada-tributo-em-seu-galho
Nenhum comentário:
Postar um comentário