Não é apenas um trocadilho e sim uma realidade. Segundo a Receita Federal [1], durante o primeiro semestre de 2022 a arrecadação federal de tributos bateu novo recorde: R$1,089 TRILHÃO, crescimento real medido pelo IPCA, expurgando a inflação de 18% em relação a igual período de 2021. Maior valor desde 1995 quando começou esta série histórica.
A locomotiva desta arrecadação foi a somatória dos tributos IRPJ e CSLL (R$ 258,5 BILHÕES) 22% do total arrecadado e um incremento real 22% em relação ao mesmo período de 2021.
Qual a razão?
· Reflexo do impacto da alta do preço das commodities no mercado internacional (alimentos e combustíveis), resultando em aumento do lucro das empresas deste setor;
· Reversão na provisão de devedores duvidosos nos balanços das instituições financeiras;
· Aumento na taxa de lucratividade na economia como um todo
Este movimento representa uma tendência firme ou um voo de galinha?
Muito cedo ainda para apontar a direção, entretanto, se aposta valesse poria mais fichas no voo do galináceo; visto que, aparentemente este aumento ainda não teve como causa mudanças estruturais relacionadas a políticas fiscais distributivas cujo objetivo é privilegiar o consumo ao capital.
De qualquer forma essas informações demonstram a extraordinária e eficiente capacidade de arrecadação da Receita Federal em qualquer momento por que passa nossa economia, seja de crise ou bonança. Se o poeta português fosse vivo, talvez o início do seu tão famoso poema seria; “Arrecadar é preciso...
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