Hedge é uma operação de cobertura de risco, uma forma de proteção contra a volatilidade do valor de ações, moedas, commodities ou taxas. Não se trata de uma operação especulativa.
A operação pode ser aplicada tanto para definir o valor de compra ou venda de determinado produto no futuro, quanto para cobrir as oscilações do mercado, assumindo uma posição oposta à que já se possui.
O marco inicial deste tipo de operação é estimado entre 625 – 558 a.C., através da proteção às variações dos preços de commodities agrícolas. [1]
Tales de Mileto, matemático, astrônomo e filósofo grego, prevendo uma ótima safra, teria reservado todas as prensas e depósitos de azeitona da cidade antes da colheita. Os proprietários das prensas e depósitos aceitaram a oferta, pois desta forma poderiam evitar prejuízos na ocorrência de uma colheita ruim, garantindo o valor pretendido.
Assim, enquanto Tales especulava, os proprietários dos depósitos e prensas estavam se protegendo contra a variação dos preços, travando os valores através de um contrato futuro, criando a operação de hedge.
Outro exemplo ocorreu no início do século XIX, na cidade de Chicago/EUA. Os produtores rurais levavam suas mercadorias à zona urbana a fim de comercializá-las. Todavia, em razão do aumento da oferta de modo simultâneo, os preços de venda ficavam mais baixos.
A forma de proteção encontrada pelos produtores foi comercializar os produtos antes de levá-los à cidade, se antecipando ao aumento de oferta. Assim, eram realizados contratos de compra e venda futuros, com valor e data determinados, evitando que as variações impactassem os preços.
Atualmente, operações de Hedge para proteção são realizadas por empresas de diversos setores. A agência de notícias econômicas Bloomberg informou que, empresas aéreas globais como Lufthansa e Air France-KLM realizaram hedge contra a alta do petróleo, protegendo pelo menos metade das despesas com combustível para alguns períodos de 2022. [2]
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