Os empresários contam com mais uma opção para a integralização do capital social de sua empresa: os NFTs.
Os NFTs (non fungible tokens), que em português se traduzem como tokens não fungíveis, nada mais são do que a “febre” do momento, quando se trata de criptoativos. Esses tokens são a representação de bens reais ou virtuais, que são armazenados pela tecnologia blockchain. São, portanto, certificados digitais que atestam a propriedade de bens únicos e que, por sua especificidade, não podem ser substituídos por outros de igual quantidade e qualidade. Ou seja, correspondem, geralmente a bens considerados raros e de alto valor comercial.
O mercado dos NFTs anda bem aquecido. Segundo a plataforma Dune Analytics, em janeiro de 2022, o Open Sea, maior marketplace do ecossistema cripto extrapolou 3,5 bilhões de dólares em transações. Apesar de qualquer coisa poder ser transformada num NFT, os mercados de arte, jogos virtuais, e itens colecionáveis são os que vem concentrando as atividades em torno destes ativos. Beeple, um designer gráfico americano, por exemplo, vendeu sua obra digital denominada “ Everydays: The First 5,000 Days” por US$ 69,3 milhões. No Brasil, o artista plástico baiano Bel Borba realizou o primeiro leilão totalmente nacional em NFT de seu quadro “Fronteira Físico Digital”. A referida obra foi dividida em 100 partes e a venda de 4 partes arrecadou R$ 13.000,00.
A principal vantagem atribuída aos NFTs é a sua promessa de valorização, já que diferentemente das criptomoedas, não estão sujeitos a uma tabela pré-estipulada de valores, não havendo, portanto, limites para sua rentabilidade. Além disso, permitem diversificação tanto para a carteira de investidores, quanto da renda de artistas. A chamada “tokenização” pode reduzir intermediários para negociação, o que garante maior facilidade e rapidez nas transações. E os NFTs também são vistos como um incentivo à utilização das criptomoedas, assim como são considerados presença indispensável no metaverso - ambiente virtual hiper-realista, que promete ser a nova revolução econômico-tecnológica mundial.
Com o avanço dos criptoativos, o empresário encontra nos NFTs mais uma opção para a integralização do capital social de sua empresa. No Brasil, a Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) saiu à frente, e foi a primeira a se manifestar positivamente em relação a integralização de capital por meio de criptoativos.
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