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sábado, 26 de fevereiro de 2022

A questão da Ucrânia e a Terceira Guerra

Foto ilustrativa: Google imagem

As tensões não vem de hoje.

A URSS, nascida da Revolução de 1917, chegou a ocupar um sexto de todo o território do planeta. Não tinha como dar certo. Tamanha extensão tornava o governo problemático e a economia ineficiente (no final dos anos 80, o PIB soviético era metade do PIB Norte Americano).

A divisão do território era só questão de tempo, mas esse óbvio não impediu uma Rússia ferida, com moral baixa, sentido que havia perdido um território que, em seu imaginário, lhe pertencia... exatamente como a Alemanha no fim da Primeira Guerra Mundial (o que provocou a Segunda).

O ciclo se repete. Agora, com a Rússia. Bem-vindos à Terceira Guerra Mundial.

Essa Terceira Guerra, que já se iniciou, dificilmente vai ser caracterizada pelos confrontos diretos – apesar destes ainda serem vistos. Essa mudança no padrão anterior se dá pela existência de armas nucleares e biológicas, cujo uso resultaria na destruição mútua assegurada (MAD, em inglês) e que foi o que impediu que a Guerra Fria, ficasse quente.

Com isso, a Terceira Guerra Mundial, que vivemos, apresenta, muito além de uma estrutura bélica, uma roupagem política e mais influenciada pela Globalização, com sanções que tangem o comércio, investimentos, informação, o fluxo de dinheiro e de pessoas. É o Poder na sua forma mais ampla.

Quando a Rússia entrou em confronto direto com a Ucrânia, ela o fez com suposto amparo legal, citando o art. 51 da norma da ONU: “Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva (...)”, supostamente lutando pela Legítima Defesa das regiões separatistas Luhansk e Donetsk... mas após a ocupação destes territórios, a Rússia continuou avançando, atacando várias regiões por todo o país que, inicialmente, alegava serem somente as militares, para que a Ucrânia não integrasse a OTAN, e exigia que o país fosse desmilitarizado. A Rússia manteve a ofensiva também em regiões civis. Putin chega a cobrar, em vídeo, a derrubada do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pois este e os membros de seu governo seriam “uma gangue de viciados em drogas e neonazistas”. Zelensky é judeu e seu avô lutou na guerra pelo exército soviético.

Vê-se o ataque direto à Soberania da Ucrânia, que tem direito à indissolubilidade de seu território e à celebração dos acordos que achar convenientes, seja aderindo ao bloco econômico da União Europeia, seja como membro da aliança militar da OTAN.

Essa invasão é resultado de uma Rússia ressentida, pois a Ucrânia era área estratégica da URSS, sendo a terceira maior potência atômica do mundo, a segunda região mais populosa da URSS, importante território de escoamento de gás natural para a Europa, grande produtora agrícola e rota para o Mar Negro. A Rússia nunca superou, em seu íntimo, essa perda. Apesar de, em 1994, a Ucrânia ter entregado suas ogivas nucleares à Rússia na assinatura do Memorando de Budapeste e, em 2014, ter, a contragosto, cedido a anexação da Crimeia, a Rússia sempre esteve por perto, na expectativa de retomar todo o território novamente.

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