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segunda-feira, 21 de março de 2022

Documentário “Na rota do dinheiro sujo, episódio 4 – O banco dos cartéis”

O documentário “Na rota do dinheiro sujo” do Netflix expõe os atos mais descarados de corrupção e ganância corporativa. O episódio 4 - O banco dos cartéis, mostra um rastro de transações suspeitas que levou a revelações surpreendentes sobre o mega banco HSBC e seus laços com os cartéis de drogas no México. Sendo assim, apresenta-se uma crítica ao que realmente acontece por detrás das montanhas de dinheiro que giram pelo mundo todo através dos bancos. O episódio em questão inicia-se com relatos de pessoas que lutavam contra o suborno da mídia por grandes instituições. O jornalismo encontrado no México e em outros países que acompanhavam os cartéis não relatava os ocorridos fielmente, colaborando com os delinquentes financeiros. A medida que a verdade veio à tona houve um grande abalo por parte de muitos cidadãos, visto que o HSBC, segundo maior banco do mundo, possuía grande prestígio no cenário internacional. As grandes empresas envolvidas em crimes de lavagem de dinheiro e suborno dificilmente respondem a ações penais. Na maioria dos casos, são feitos acordos para pagamento de multas, pois a justiça costuma ser indulgente tratando-se disso. Como já dizia juiz Roberto Ayoub, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: “as sanções previstas na Lei Anticorrupcao para as empresas envolvidas em casos de corrupção não são boas para o país”, tendo em vista o crescimento da economia. Em contrapartida, a justiça dos Estados Unidos, em 2012, condenou o banco a pagar U$ 2 bilhões, que é, porém, quase insignificante se comparado à quantidade de dinheiro ilegal que passou pela instituição. O compromisso do banco seria apenas o de de melhorar seu sistema de investigação. O mesmo confessou os crimes, mas seguiu sem punição, o que faz-nos concordar com a pergunta de um jornalista, na coletiva da Procuradoria-Geral que anunciou a pena: “Se o cartel de Sinaloa prometesse parar de traficar, ele seria inocentado?”. Sendo assim: “se você for pego com 30 gramas de cocaína, as chances de você ir para a cadeia são grandes. Se isso se repetir, você pode ir para a cadeia pelo resto de sua vida. Mas se você lavar bilhões de dólares para cartéis de drogas e violar sanções internacionais, sua empresa paga uma multa e você vai para casa dormir tranquilamente. Acho que está errado”, conclui sobre o caso a senadora democrata norte-americana Elizabeth Warren. Faço dessas palavras as minhas, em conformidade com a opinião de que as punições à grandes corporações são muito brandas se comparadas aos seus feitos e a outras entidades menores. Pois ainda que a economia fosse sofrer com penas justas, seria o certo a se fazer, porque se assim continuar, a lavagem de dinheiro estará sempre presente, beneficiando o narcotráfico.

Fonte: 

https://mariana-maieski3652.jusbrasil.com.br/artigos/1425332795/documentario-na-rota-do-dinheiro-sujo-episodio-4-o-banco-dos-carteis

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